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sábado, 10 de julho de 2010

Meu sol particular, em um dia nublado.

Acordei, levantei, fiz tudo como estava acostumada a fazer. Não mudei minha rotina pelo simples fato de estar estupidamente frio, isso era um incentivo a mais para eu levantar. Sempre achei o inverno exuberante, as pessoas ficam mais elegantes, as ruas ficam charmosas, porém ainda resta o frio.
Corações gelados andando de um lado para o outro, pensando em ter rumos certos, mas o certo não existe.
Fico aqui, por um instante, pensando no que fazer, que atitude tomar, o que falar, como agir. Não quero errar com ninguém, muito menos comigo, mas pensar em não errar é uma rotina cansativa. A cobrança que você tem em você.
Tomei coragem de jogar água gelada no rosto, acordar, despertar para uma nova vida que está nascendo. Aquela água me fez abrir os olhos, não pelo fato de estar cortando minha pele pela sua temperatura, mas pelo fato de ver que estou perdendo tempo, remoendo coisas do passado, tentando reviver o que nunca mais será vivido.
 - Acabou. - Disse para eu mesma. Devo seguir minha vida, tentar achar em coisas fúteis algo que me destraia, que me prenda por um milésimo de segundo, que leve minhas lembranças para outro lado.
Saí, no frio. O que mais posso fazer? É melhor enfrentar o frio, do que as lembranças que se abrigam no meu quarto. Antes os monstros que a rua me trás, do que sentir seu perfume ainda nos presentes.
- Eu vou esquecer. - Decididamente. Esqueci.
Desde então, vivo para mim, e para quem eu amo. Dou valor a quem me da valor, fora isso, não importa.
Que seja assim, que o tempo determine o devido lugar de cada um, que o inverno traga o charme de pessoas novas, que a brisa sopre pra longe o que restou de dor, que hoje digo, é muito pouco, e que aquele sol, que teima em se esconder atrás das nuvens, se liberte, como hoje. Meu sol... ah o meu sol... te sinto, me aquece, me guarda e me ilumina, o meu sol, só meu. O meu sol particular.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Primavera. ._.

Estou confusa, como sempre. Por mais certeza que eu tenha ao escrever, sempre há um ponto que minhas dúvidas prevalessem em meio a tantas palavras em vão. Estou sem poder agir, tentando sumir, tentando ser o mais simples possível para não precisar ser notada, quero ficar só. Sozinha creio que possa colocar minhas ideias em dia, poder pensar no que fazer. Tudo que aconteceu, ainda é muito recente, para mim. Não consigo ainda lidar com a situação, de uma forma natural, como vejo as outras pessoas lidando, claro, perto delas, tento ser natural, tento agir como se o que aconteceu,não tivesse significado nada pra mim, mas muitas vezes dou a entender, o que eu realmente estou fazendo.
Tentei fazer o que meu coração mandava, falei o que não deveria falar, na hora errada, pra pessoa errada. Tentei agir pela razão, mas isso vai contra tudo que eu ainda sinto. Mas e o que me resta a fazer? Esquecer então? Deixar que tudo se apague como uma brisa soprando em uma manhã de primavera? E deixar que as folhas semeem mais um amanhecer, para que eu possa acordar deste pesadelo, olhar as flores ao meu redor, e ver que o que eu passei, foi só por mais um inverno, cinza e chuvoso, que o vento soprou pra longe.
O frio vai deixar saudade, claro, apesar de estar começando agora. Acho elegante, porém triste, ver as ruas vazias, soando um eco avassalador, assim como o meu coração. Uma cidade pintada de cinza, uma vida pintada  de preto, e um amor que foi apagado. Apagar não resolve, pois fica marcas, por mais que pintamos por cima das marcas, elas continuarão ali, podem estar escondidas, mas estão ali, eu sei que estão ali.
Chega logo primavera, com todo o seu colorido, quero poder sorrir de novo ao ver os beijas-flores na minha janela, quero encontrar a paz, ao encostar em uma pétala de rosa, quero esquecer por um minuto o gélido inverno que passou e reencontrar, alguma alegria de viver, um motivo para me orgulhar e um coração para não desapontar.
Vem primavera, estou te esperando, de braços abertos, estou esperando a minha felicidade que virá com você, com toda a sua magia, com toda a sua alegria e perfume. Quero me deitar no gramado, e olhar o céu, descobrir desenhos em nuvens, e ao olhar para o lado, sei que você estará ali, você sempre está comigo, mesmo longe, está aqui.


escute: dia especial - cidadão quem