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sexta-feira, 19 de março de 2010

Máscara ;; (texto 2)

Não que eu me prendesse em apenas conversar com quem conheço, ou me envolver com aqueles que já tive contato, mas é que em todas as minhas aventuras amorosas sentia-me como uma adolescente encantada com a sua primeira paixão. Sempre fui muito intensa neste quesito, não é um caminho muito indicado para quem é acomodado, mas é o mais indicado para quem gosta de novas e mais novas aventuras.

Prendi meu pensamento por um instante, recompus minha expressão pensativa para responder ao jovem rapaz, ali, imóvel na minha frente, sua expressão também já não era a mesma, estava pensativo, mas com uma mistura ansiosa em suas feições, talvez pensando em por que eu demoraria para lhe responder.

- Ótimo livro.- olhei para o livro, ergui-o por um instante. Ele olhou para a cadeira vazia, onde se encontrava minha bolsa.
- Posso?- apontou ele. Pensei nas duas possibilidades, em dizer sim, e ver onde íamos parar, ou dizer não, pelo meu estado de espírito anterior. Não, não, eu não ia me prender a magoas que só me levavam para onde eu não queria estar.
- Claro, fique a vontade.- Concluí que além de suas feições perfeitas, o rapaz era portador de uma elegância exuberante, na qual não apenas me envolvia, mas também a todos com que cruzavam seu caminho, era simplesmente encantador.

Ele pegou meu livro, começou a revirar as páginas como se quisesse achar uma específica página, não demorou muito para que me apontasse uma frase, vi que ficou surpreso, por ser também minha frase predileta no livro, tanto que grifei-a, "a liberdade é o maior bem dos homens, querer ser, ser, estar, se permitir, sem ao menos concordar em se acomodar..." Eu adorava esta frase, se encaixava perfeitamente no meu modo de viver, claro tirando os momentos em que me perdia em um ou outro pensamento qualquer.

Pensei, e se ele for como eu, e se ele pensar como eu?

domingo, 14 de março de 2010

Máscara ;;

Por eu ter esta máscara acabei afastando as pessoas que poderiam estar me amparando neste momento. Me sinto frágil, como se meus pés me levassem na direção contrário que eu deveria ir, como se minha mente fosse um relógio trabalhando anti-horário, como se meu coração palpitasse, parasse, batesse, gemesse, doesse...sangrasse. Sinto-me dilacerada por dentro, e o que eu mais queria era ter alguém do meu lado, poder olhar no fundo dos olhos e dizer "eu te amo".

Incrívelmente eu tenho um dom de me curar destas feridas causadas por pequenos momentos de deslizes de minhas lembranças. Porque sei, que ficando assim, não será bom para ambas partes.

Hoje eu saí, visitei novos lugares, sem ninguém por perto, sentei em uma mesa, de um café conhecido, pedi o de sempre, uma capa preta me cobria, cobria o que eu estava pensando, abri meu livro onde um marca textos surrado estava amassando a página em que eu parara de ler, eis que surge alguém ao meu lado. Um rapaz, moreno, olhos expressivos, rosto esculpido em cada detalhe, então abre um sorriso:

- Lindo livro.- Disse-me, a voz era grave, intensa. Pela primeira vez, senti-me atraída novamente, por alguém que eu mal conhecia.